Sem dúvida, esta é uma profissão para quem gosta de estar sempre nas nuvens! Ser piloto é saber conduzir uma aeronave a quilômetros e quilômetros de altura. Mas tamanha responsabilidade tem lá suas recompensas: imagina o que é ter a oportunidade de assistir ao pôr-do-sol ou ao luar de um ângulo privilegiado?
Pilotar um avião, no entanto, não é igual a dirigir um carro – requer muito mais dedicação e estudo. Tudo começa com a obtenção da carteira de piloto privado, conhecida como brevê, uma licença para pilotar aviões como atividade de lazer. Para conseguir o brevê, é preciso frequentar um curso numa escola de aviação ou aeroclube e completar 40 horas de voo.
O próximo passo para quem quer se tornar um profissional é obter a licença de piloto comercial, com a qual é permitido trabalhar em companhias aéreas. Para isso, são exigidas 150 horas de voo. Já para ser o comandante de uma aeronave, o piloto deve ter a licença de piloto de linha aérea, para a qual ele precisa acumular 1.500 horas de voo! A cada etapa é feita uma prova que testa conhecimentos técnicos em aviação, como meteorologia e navegação, além de um exame de cheque em voo, no qual o piloto é avaliado por um examinador da Agência Nacional de Aviação Civil.
Agora que você sabe quanto esforço é necessário para se tornar piloto, deve estar imaginando como é o dia a dia desses profissionais, certo? Segundo Enio Lourenço Dexheimer, piloto aposentado e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a rotina e o horário de trabalho são bastante variados. Nas companhias aéreas, o expediente começa quando o piloto se apresenta no aeroporto para partir em mais uma missão. Além de voarem, os pilotos participam de cursos e treinamentos para aprenderem a lidar com as novas tecnologias da aviação. Alguns ainda desenvolvem atividades administrativas ou assumem outras funções, como as de instrutor, simulador ou checador de voo. E a profissão permite, também, atuação em outras áreas! Para você ter uma ideia, um piloto pode trabalhar na aviação agrícola como pulverizador; na aviação executiva, pilotando aeronaves particulares de grandes empresários; em empresas de táxi aéreo; como instrutor em escolas de pilotagem e, ainda, na aviação de garimpo.
Segundo Enio, o mercado de aviação comercial está crescendo no Brasil e no mundo, o que faz a carreira de piloto de avião ser promissora! Para ele, o mais legal da profissão é a chance de conhecer lugares e culturas diferentes. “É como se sentir um cidadão do mundo”, conta. Em 35 anos de carreira, pilotou aviões em que estavam passageiros ilustres, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek, a Madre Teresa de Calcutá e até a Seleção Brasileira de Futebol. Enio foi o comandante do voo que transportou os jogadores até a França na Copa do Mundo de 1998. Uau!
O também piloto Renilton Alves dos Reis não conta história de gente famosa, mas diz que a escolha da profissão foi a realização de um sonho de criança: a vontade de alcançar o céu. Hoje, Renilton trabalha numa empresa de táxi aéreo e faz muitas viagens, principalmente para o interior. Para ele, cada vez que o avião pousa, a sensação é de dever cumprido: “Voar e saber que os passageiros chegaram bem ao destino é muito gratificante”.
A fala de Renilton nos leva a lembrar da segurança – item que, na aviação, deve estar em primeiro lugar, não é mesmo? E para conduzir as pessoas em segurança, um piloto deve estar sempre em dia com seus exames físicos e passar por sucessivas provas de controle emocional. Falar inglês e ser organizado são outros requisitos importantes na profissão. Ah! E não existe piloto cujos horários de trabalho não atrapalhem um pouquinho a vida pessoal. Mas isso é coisa que estar nas nuvens deve compensar... E você, já pensou se é mais para a terra ou mais para o ar?!

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